Também acordaste a vida
de minhas paredes
Lembrando-me a carne
de minhas estruturas.
de minhas paredes
Lembrando-me a carne
de minhas estruturas.
E como aos gomos de sol
que ultrapassam a vidraça
Convidando a ir para fora,
ampliaste-me a alma
Convidando a ir para fora,
ampliaste-me a alma
E a esta altura
não tive outro jeito,
fui obrigada a sair de mim
Porque o coração já palpitava
fui obrigada a sair de mim
Porque o coração já palpitava
uma canção que jamais
houvera me pertencido.
Era o meu amor por ti, nascido
Feito ave que canta
nalguma árvore ao lado
da casa, do ninho, do telhado.
nalguma árvore ao lado
da casa, do ninho, do telhado.
Acordou-me como um ser
que já não mais quer ser
sozinho.
Amar-te é tardar a sede
em respeito ao vento que brinca
de desenhar sobre as águas...
Sim... É sofrer de sede sem mágoa
Pois que se adoçam
todas as águas dos oceanos
Quando o teu sentimento
volta-se para mim
no abrigo d’um eu te amo.
6 comentários:
Beautiful post.
Perfect image.
A profundidade de teus versos é incrível Lucy.
Tratam muito além das palavras!
"...ranger a porta do coração..." para não dizer das ausências e abandono, linda expressão!
"...a carne de minhas estruturas... recordando-nos a frágil humanidade.
As imagens singulares que te povoam os sentimentos, aqui abriria aspas para copiar o poema todo. Lindo demais menina poeta e doce amiga, lindo!
Parabéns!
Terno e forte abraço, Humberto.
Grata, Humberto.
Abraço amigo.
Boa noite, adorável Lucy Mara.
O teu sentimento amorável delineado nestes versos magnânimos é por demais comovente. Uma obra irretocável, do mais puro encanto! Receba os meus sinceros parabéns e votos de felicidades e profunda paz. Beijo terno.
Não ouso nem trazer à colação a última estrofe pois que tudo que dissesse não faria justiça à beleza de todas no conjunto.
Forte abraço, com a admiração de sempre
Não tem jeito, por mais que eu tente, nunca conseguiria se tão romântico e preciso na tradução deste sentimento, sem despejar toneladas de pieguices. Como diríamos aqui em Belém "essa poetisa é ralada"
Beijos, Lu.
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