Ancoro
tardia em teus lábios
Buscando sorver o júbilo
Destas águas que me ardem
Em plurais de ondas translúcidas.
Buscando sorver o júbilo
Destas águas que me ardem
Em plurais de ondas translúcidas.
Dá-me
mais... E mais... E mais
...Que a minha sede é infinda...
...Que a minha sede é infinda...
Pois que apenas tu tens o poder
De me florescer o peito em asas
Perfumando, sedutoramente
Os olhos com feixes de luz.
De me florescer o peito em asas
Perfumando, sedutoramente
Os olhos com feixes de luz.
Dá-me de ti, todos os elementos
Pois que te tenho reservado
Um mergulho sem precedentes.
Dá-me os sais vitais de tua boca
Pra que eu possa viver, ave liberta
Sempiterna, no céu do teu mar.
Pra que eu possa viver, ave liberta
Sempiterna, no céu do teu mar.
4 comentários:
Nice.
(I love the ocean.)
O mar, de onde se enxerga, encerra em suas ondas um amor antigo, que até hoje se esconde nas profundezas, esperando que um amor mais forte do que esse, traga à tona o segredo da eternidade.
Lindo! O desejo de habitar o céu de um mar, Lindo demais Lucy!
Mais uma vez a poetisa demonstra a sua sensibilidade para deleite do leitor.
A maturidade que fica explícita cada dia mais.
Abraço amigo, Humberto.
Grande Lu:
Às vezes esta vida, quase sempre povoada de percalços doridos, proporciona-nos momentos que nos levam a crer em outras paragens, outras estâncias, outros planos onde a maldade, o egoísmo, o orgulho e o ciúme não fazem parte de suas existências. Aqui, olhando o mar, cujas vagas arrebentam nas penedias que antecedem a praia, tenho o privilégio de ler este poema encantador que enleva a alma e a preenche de inelutáveis sonhos, fazendo-a pressentir a beleza destes mundos.
Lindo poema, minha doce amiga. Lindo
Forte abraço
Nelson
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