Quantos
soluços, noites e dias
ser-me-ão
necessários?
Quantas
perguntas?
Quantas
respostas de enganos?
Quantas
vezes terei que me prometer
que amanhã
o riso chega
Entender que me
enganei
mas que
amanhã, vem?
Quantos
amanhãs me serão necessários?
Quantas
coisas que nunca foram coisas
deixarão
de ser? Desistirão?
Meu Deus
quantas vezes vou falhar
em
esquecer esquecendo os motivos?
Quantos
silêncios terão que me calar
para que o
amor adormeça?
...E não
me restem mais sonhos...
Quantos
exílios serão necessários
para que a
alma se acostume
com a
própria falta de si?
Quantas
luas chorarão comigo?
Quantos
céus me serão preciso?
Qual será
o tamanho da solidão
depois de
tantas abstinências?
Qual
resposta os meus olhos trarão
quando me
perguntarem
- quanto
você amou?
...Na
profundidade dos silêncios
que me
gritarão por socorro,
ainda
assim, nunca compreenderão.
Ainda que
um raio me caia na cabeça
e tudo por
fim se apague
Eu ainda
teria vivido
em
imensidão e febre
todas as
esperas desse amor.
Que de tão
grande e tão sonho
ainda que
a vida me fosse breve
Ainda
assim, acreditaria
que
os dias me tardaram a passar.
Imagem: Google
7 comentários:
Sad, but beautiful.
Amar a ponto de acreditar que qualquer dia tenha sido muito? Que lindo isso!
Só é triste por ser sentido! Lindo!
Bjos, Rê.
Dizer o que diante de versos tão profundos, tão sensíveis? Sei lá...me silencio em reverência! abraços, ania..
Minha amiga
Compareço, aqui, apenas para dizer que li o teu poema. E isto me basta... Mesmo porque que se pode acrescentar à fina arte?
Grande abraço
Nelson
Realmente, sem amor a vida demora demais para passar.
Lindo Lucy, de uma profundidade abissal!
1 abraço, Renato.
Esse poema, menina, junto com a sua frase rolante "Quanto maior a fidelidade de um coração, maior a sua solidão." Dizem mais sobre você que todos os outros poemas juntos. Sinto que a autora chegou ao ápice!
Imensamente prazeroso!
Forte e terno abraço, Humberto.
Poema intenso de uma alma em conflito que busca por respostas.Mais humano impossível, Lucy e eu me vi muito no poema.
Belíssimo, querida.
Beijo.
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